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Lua Cheia...

Lua Cheia...
Garopaba - março/2010

Edifício Santa Fé e outros prédios de Capão da Canoa.





"Edifício Parati"
Em 16/12/2011, o edifício Parati da Rua Marabá recebeu o adesivo de Edificação Vistoriada. A Zeladora do Condomínio acompanhou a colocação do adesivo.
Zeladora do edifício Parati.

Edifício Parati - adesivo colocado.

Edifício Parati - Rua Marabá.
                     


"Edifício Bebber"
Hoje 25/11/2011, o edifício Bebber recebeu o adesivo de Edificação Vistoriada. A colocação do adesivo foi acompanhada pelo Síndico do Condomínio, Sr. Hélio Spielmann.
O Condomínio é assessorado pela Adm. Guarida Imóveis.

Edifício Bebber.
                                             
Sr. Hélio Spielmann, Síndico do Edifício Bebber
Adesivo de Edificação Vistoriada.

"Edifício Eleandra"
Hoje 30/09/11, o edifício Eleandra recebeu o adesivo de edificação vistoriada. A colocação do adesivo foi acompanhada pelo representante da "Guarida Imóveis", administradora do condomínio, e pela Srª. Zeladora.
Edifício Eleandra, localizado na Rua Marabá.         
Representante da Guarida Imóveis e Srª. Zeladora do edifício Eleandra..             
Edifício Içara.
Hoje, 04/07/2011, o edifício Içara localizado na Av. Flávio Boianowski nº.  583, recebeu o adesivo de Edificação Vistoriada.
A representante da Adm. Adsel acompanhou a colocação do adesivo.

Representante da Adm. Adsel, no momento da colocação
do adesivo no edif. Içara. 04/07/2011.
                                                     
Edifício Içara. 04/07/2011.
                        

Edifício Paraguassu.
Hoje, reinterdição do edifício Paraguassu. O prédio foi acessado para retirada de utensílios do ex-morador, necessitando assim de novo fechamento por parte da Fiscalização.  13/05/2011.
REINTERDIÇÃO DO EDIFÍCIO PARAGUASSU. 13/05/2011.

REINTERDIÇÃO DO EDIFÍCIO PARAGUASSU. 13/05/2011.

Edifício Palazzo Vitalitá: (06/05/2011)

É o único prédio novo a receber o adesivo, pois seu construtor foi o único a observar a lei 2678/09 no seu  artigo 2º, parágrafo 2º., que estabelece que a 1ª. vistoria (laudo) é a encargo da construtora.  

ADESIVO DO EDIFÍCIO PALAZZEO VITALITÁ, EM 06/05/2011.
É O ÚNICO PRÉDIO NOVO A RECEBER O ADESIVO.  FISC. OBRAS.

SÓCIO PROPRIETÁRIO DA CONSTRUTORA EJEMAR, SR. ENIO JEREMIAS,
ACOMPANHANDO A FISCALIZAÇÃO DE OBRAS NO MOMENTO
DA COLOCAÇÃO DO ADESIVO NO EDIF. PALAZZEO VITALITÁ. 06/05/2011.
"Edifício Paraguassu":
Em 14/04/2011,  foi interditado o Edifício Paraguassu.

Foto do local interditado. 14/04/2011.
Hoje precisei retornar ao local, pois há sinais de que o prédio foi acessado sem licença.  O adesivo lacre foi violado.
Foi reforçado o lacre e colocado mais avisos da interdição e de que para acessar o local  somente com autorização da Prefeitura.  Consultarei amanhã o Procurador Geral do Município sobre o registro policial do desacato à interdição.

Foto do reforço da interdição. 26/04/2011.

Laudo do IGP-RS referente a marquise do edifício Pindorama.

                      
                             Edifício Pindorama
Depois do acidente, recomeçou a demolição da marquise. 
Conforme o novo laudo apresentado, o prédio não apresenta risco, além da marquise. Ontem, sábado, o engenheiro responsável pelo laudo, liberou o funcionamento dos bares onde a marquise já foi retirada. A obra de demolição foi embargada 6ª. feira pela fiscalização do Ministério do Trabalho; falta de equipamentos individuais de segurança.
Ontem quando fomos desenterditar os bares liberados e reforçar a interdição dos estabelecimentos que ainda estão sob a marquise, deparamo-nos com o desrespeito às determinações e à vida.
Pessoas displicentemente sentadas no local interditado, como se o isolamento da área fosse nada. 
Queriam aparecer? conseguiram...
Eitah povinho inconsequente!
Devem estar acostumados a sentar em entradas de cavernas!


                        
                            EDIFÍCIO ATHENAS
Sábado dia 15 de janeiro de 2011, efetuei a entrega do adesivo de edificação vistoriada do edifício Athenas.
Todos os apontamentos do laudo da edificação foram corrigidos.
Não posso deixar de registrar aqui, uma situação que gerou grande descontentamento em alguns condôminos deste prédio:
A retirada de um lava-pés improvisado da garagem da edificação; a coisa era tão tosca que sequer tinha ralo para escoamento da água servida; a água simplesmente era esparramada no piso e deveria escorrer sozinha para o escoamento pluvial e daí lançada para a via pública, o que é proibido. O que mais chama atenção neste caso, é que justamente nesta área, estão os pilares de sustentação do prédio. 
Infelizmente estas pessoas não aprenderam ainda, que qualquer modificação ou instalação em prédios requer planejamento e o aval de Engenheiro e Arquiteto.
Infelizmente não conseguiram entender ainda, que uma edificação mal tratada e mal usada, deixa de ser segura em curto prazo.
Infelizmente pessoas assim ainda insistem em habitar prédios, e só porque o imóvel é de veraneio, ainda tem a mentalidade tacanha de quem acha que por ser edifício de praia podem fazer de tudo, sem regras, a bel prazer. Gente assim pensa que é somente o prédio alheio que desaba... segurança e salubridade não interessa!
Eita povo sem noção!!!!!!
Quero deixar bem registrado a competência  e a seriedade da Síndica do edifício Athenas, Srª. Valéria.
E saibam: Se mais prédios tivessem a sorte de ter síndicos como Ela, a situação das edificações em Capão da Canoa certamente seria muito melhor!
Mas infelizmente esse povo de cérebro obtuso ainda não descobriu que habitar um prédio é diferente de habitar cavernas...
Interessante mesmo, é que somente um condômino do edif. Athenas interessou-se pelo selo da edificação. Infelizmente, os demais sequer conseguem captar que o adesivo torna o prédio muito mais valorizado.
Srª. Valéria acompanhada da zeladora do edif. Athenas recebendo o selo da edificação.

Srª. Valéria, zeladora e condômino exibindo o selo do edif. Athenas.                             
                               Edifício Paraguassu    
O Paraguassu, parece que  também deixará de existir em breve... dará lugar a um novo prédio; A precariedade da edificação é evidente.
Medidas de segurança adotadas para garantir a ocupação no veraneio 2010/2011.
Parece que é a última temporada do Paraguassu.
Medidas de segurança adotadas para garantir a ocupação no veraneio 2010/2011.
Parece que é a última temporada do Paraguassu.
Silvia Meister, simplesmente...    dezembro/10.                           

Apesar de todos os entraves, alguns prédios já receberam o adesivo de edificação vistoriada. Uma pequena amostra fotográfica da entrega de alguns adesivos:
Representante da Adm. Auxiliadora Predial recebe adesivo do Edifício Rosário.

Representante da Adm. Adacon recebe adesivo do edifício Hawai - Capão novo.

Representante da Adm. Guarida recebe adesivo do edifício Ramiro Corrêa.

Adesivo do edifício Andorinhas já colocado. Capão Novo.
     
                                                     Edifício Delphus 
 Finalmente na 6ª. feira de manhã (03/12;10), a interdição do edifício Delphus...
 E logo será restaurado... precisava só dar um basta bem enérgico para as pessoas se ligarem que o tempo de fazerem o que bem entendem passou... Há outros que estão na mesma situação, espero que as atitudes sejam tomadas logo...
                                                                                                                                                                                                                                                                             
                                        

O expediente foi terrível neste 02/12.
As coisas continuam sendo proteladas... foi preciso um escândalo pela Rádio Horizonte para que alguma coisa fosse feita.
Depois de muito bate-boca, finalmente apareceu alguém com cabelo no peito e foi expedida a ordem para interditar o Edifício Delphus.
(nesta página, continuarei relatando sobre os prédio de Capão; serão sempre os posts do começo da página)
Silvia Meister, simplesmente servidora pública sem voz nem vez. 


                                            Edifício Santa Fé.
Quero começar esta página, me reportando ao dia 18 de julho de 2009, sábado. O dia estava ensolarado, a temperatura estava agradável para uma tarde de inverno apesar do vento. 
Aproveitei a tarde para levar meu neto para passear um pouco e fazer compras. Estivemos na Av. Flávio Boianowski para ver o lago e dali nos dirigimos à beira-mar. Passamos em frente ao edifício Santa Fé, lembro bem que não havia material nem caliças (entulho) na frente.
Depois de muito caminhar pela cidade, já por volta de 17:00 hs retornamos à casa, a turma toda (filho, filha, genro e neto) tinham uma festa de 15 anos para ir. Mais ou menos 20:00 hs saíram todos.
Resolvi aproveitar meu momento sozinha para ver um pouco de tv. Tomei um banho rápido, vesti um pijama e munida de cobertor me acomodei no sofá da sala, estava um pouco ansiosa pois no dia seguinte - domingo 19 de julho iria receber amigos para comemorar meu aniversário. Acabei dormindo no sofá, acordando mais ou menos 00:30 hs do dia 19, com o toque do telefone; era minha amiga, e como demorei para atender o telefone ela estava em pânico: Como sua filha era técnica de enfermagem no hospital Santa Luzia, haviam ligado convocando-a para trabalhar porque havia desabado um prédio na av. Rudá. Como moro em um prédio na av. Rudá, ela preocupou-se e me ligou; mas foi preciso que tentasse várias vezes até eu acordar com o toque do telefone. Quando ela me falou a notícia que havia recebido, olhei da sacada e não havia qualquer movimento estranho; estava falando isto à ela ainda na sacada, quando ví uma ambulância entrar na av. Rudá sentido paraguassú para o mar. Minha amiga decidiu vir à minha casa pois não conseguiria dormir sem saber o que estava ocorrendo. Segundos após o telefone chama novamente: era o secretário de obras (sou lotada na fiscalização de obras) solicitando que eu ficasse a disposição para qualquer coisa que fosse necessário, pois havia desabado um prédio na av. Beira-mar. Imediatamente liguei para minha amiga e confirmei a notícia; ela já estava chegando em minha casa, vesti um casaco por cima do pijama e nos dirigimos para a av. Beira-mar. A movimentação naquela av., no trecho entre a av. Rudá e a av. Flávio Boianowski era grande; bombeiros, polícia, ambulâncias, o caminhão da iluminação pública e muitas pessoas. Da esquina da av. Rudá não dava para saber qual era o prédio e o que realmente havia acontecido. Estacionamos o carro e seguimos a pé; logo conseguimos ver: o problema era no edifício Santa Fé.
A fachada continuava aparentemente intacta. Pela pouca iluminação do local, não se podia ter idéia do que realmente tinha acontecido.
A iluminação estava concentrada na parte dos fundos. 
Como conheço muito bem aquela área, me desloquei até a praça da av. Flávio Boianowski e dali é que pude ver que a parte dos fundos do Santa Fé não existia mais.
                                      
                       
   Toda a madrugada foi de trabalho intenso para a retirada das vítimas dos escombros; quatro pessoas morreram.



 Já era de manhã quando encerraram as buscas por mais vítimas.
Por volta de 10:00 hs, fui chamada de volta ao local, pois o então Secretário de Obras, Arquiteto Tupy Feijó, necessitava prestar esclarecimentos à Polícia e Imprensa e precisava de dados sobre a edificação. Quando cheguei na frente do prédio e visualizei o seu interior é que me dei conta do que realmente havia acontecido. Os peritos do IGP estavam vistoriando o local e do portão da garagem podia-se ver um carro intacto, os escombros que eram um misto de móveis, utensílios e o entulho do prédio.
Também era visível que muitos pilares e vigas haviam sido mexidos;  estavam com a armadura exposta em vários pontos; alguns quase totalmente. 
Após conversar com o Secretário, fui para a prefeitura pesquisar os dados necessários e preparar a documentação para interditar o prédio sinistrado por ser área de perigo iminente e os prédios Mediterrâneo e Caravela preventivamente, pois não sabíamos o que poderia acontecer com a parte do Santa Fé que não havia desabado. O movimento na Av. Beira-mar era grande para uma manhã de domingo de inverno. Todos queriam ver, queriam saber o que realmente havia acontecido. 
                             
Mais ou menos 13:00 hs, retornei ao local levando os dados necessários para o Secretário; logo após fui para casa descansar um pouquinho e aguardar ser chamada para efetuar a interdição dos prédios. Por volta das 16:00 hs. fui chamada novamente ao local.
Saí de casa levando todo o material necessário para as interdições.

Interdições efetuadas, encerrei meu trabalho e fui para casa, pois na segunda-feira teria que começar meu expediente de manhã bem cedo. Na segunda-feira 20/0709, o local do sinistro continuava guarnecido pela Brigada Militar, por precaução foi determinado o corte da energia elétrica do prédio, o que foi efetuado pela equipe de iluminação da prefeitura.


O  expediente daquele dia foi muito tenso, pesado. 
Muitas explicações a dar, muitas coisas para elaborar. 
Instalou-se um clima de histeria na cidade: As pessoas notavam qualquer coisa em seus prédios e apartamentos, uma mínima fissura que fosse, e ligavam para a prefeitura apavoradas; este clima perdurou mais ou menos 10 dias.
No dia 21/07/09, foi publicado o Decreto 088/2009, estabelecendo-se assim, a obrigatoriedade da apresentação dos laudos de vistoria das edificações em Capão da Canoa.                    
Em 22/07/09,  os peritos avaliadores Eng. Civil Marcelo Suarez Saldanha, Especialista e Presidente do Ibape-RS, e Eng. Civil Eduardo Michelucci Rodrigues, Mestre, realizaram vistoria no edifício Santa Fé para elaboração de Laudo.
As fotos postadas abaixo, foram cedidas pelo Engenheiro Marcelo Suarez Saldanha.















As conclusões do Laudo:



 Após esse primeiro momento e a instituição do Decreto nº 088/2009, hoje Lei 2678/2009,  começaram os preparos para recebermos os laudos das edificações construídas até o ano de 1987.
Não se tinha dados do que deveria apresentar laudo e quando.
Iniciei então o exaustivo trabalho de montar as planilhas, adequando os escassos dados de cada prédio às datas previstas no decreto.
Muitas vezes as pessoas acham que é brincadeira quando eu digo que todos os dados disponíves hoje no sistema adotado pela prefeitura para o cadastramento de imóveis, resume-se na inscrição e no endereço. Principalmente no que se refere aos prédios, deveria constar quem construiu, responsável técnico pela execução do projeto, responsável técnico pelo projeto e execução do estrutural.
Não há nada disto no sistema! Deveria ser resgatado do arquivo de Osório todos os processos referentes aos prédios construídos até 1982, que encontram-se naquele município. Mas, pasmem! aqui não tem lugar para acomodar estes processos, nem boa vontade em resgata-los, pois não conseguem entender que é necessário ter-se o histórico dos imóveis.
No início do mes de agosto/2009, em meio a um turbilhão de coisas, começava a ser planejada a demolição da parte do Santa Fé que ainda resistia, e era insuportável passar na Av. Beira-mar e ver a fachada do prédio ainda em pé e cercada por tapumes que exibiam avisos que era uma área de risco. 
O edifício Caravela também teve a área frontal tapumada por haver muitos destroços do Santa Fé na área das garagens, e para evitar-se o acesso de curiosos e ladrões ao Santa Fé. O edifício Caravela hoja não existe mais.
Nestes dias, chegaram os primeiros laudos; Eram os laudos dos edifícios Liacap e Eleandra. Ambos foram interditados no dia 04/08/09. O edifício Eleandra foi totalmente recuperado; O edifício Liacap será demolido em breve.
Alguns proprietários de unidades do Santa Fé queriam adentrar aos imóveis para a retirada de móveis e utensílios, o que foi negado pela prefeitura, pois corria o risco de um novo desabamento. Chegou a ser noticiado que haveria uma ação judicial 
Ainda no mes de agosto, deu-se início ao preparo da demolição; O prédio foi totalmente escorado pela empresa contratada pelo Condomínio para efetuar a demolição; assim, com uma relativa segurança foi permitido aos proprietários dos apartamentos remanescentes retirarem seus pertences. Logo após os apartamentos estarem vazios, deu-se a retirada das esquadrias (portas e janelas) havendo a necessidade de escoramento nas partes internas.

Deu-se início também, na remoção dos escombros, sendo colocados na área frontal, para irem sendo dispostos sob o edifício para sustentação no lugar das escoras, para garantir a segurança durante a demolição.
                                            
Neste ponto dos serviços, a demolição foi suspensa liminarmente pela família de uma das vítimas, para que fosse efetuado uma nova perícia no local.
Desta maneira, a demolição total do Santa Fé só aconteceu no início do mes de dezembro/2009.
                     


                         
Ainda em dezembro, atendi o Engenheiro Perito do IGP   André Cerqueira, fornecendo-lhe cópia do projeto estrutural do Santa Fé.
No vazio deixado pelo Santa Fé, no verão/2010 funcionou um estacionamento.
 Em fevereiro/2010, o Instituto Geral de Perícias do Estado concluiu o Laudo do Desabamento do edifício Santa Fé.
As causas:  Os Peritos concluíram que a causa do desabamento foi a perda de resistência mecânica de um dos pilares do pavimento térreo do prédio, frente à associação dos seguintes fatores:              

Repito esta foto, para evidenciar que bem na extremidade (onde falta um pedaço) havia um pilar.
1 - As deficiências construtivas das peças estruturais de concreto armado, que permitiam a penetração de agentes agressivos (especialmente sais da atmosfera litorânea) à constituição (concreto e armadura) , reduzindo, assim, a resistência mecânica da estrutura.  2 - Os efeitos decorrentes dos serviços de reparo estrutural que estavam sendo realizados no pilar, os quais reduziram sua capacidade de absorver os esforços atuantes sobre o mesmo.  
3 - A ausência de escoramento preventivo da estrutura que estava sendo restaurada.
Na edição do dia 20/11/10, o jornal Zero Hora publica a matéria transcrita abaixo:

"Concluído o inquérito sobre desabamento de prédio em Capão da Canoa ano passado

Pedreiro foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O síndico, que morreu no acidente, também foi responsabilizado.

Foi concluído o inquérito sobre o sobre o desabamento de um prédio em Capão da Canoa no ano passado. Com mais de 200 páginas, o documento foi encaminhado ao fórum do município.
Segundo o delegado Heraldo Guerrero, o inquérito responsabilizaria o síndico pela contratação de uma pessoa inabilitada para o serviço a ser realizado. A pessoa que ele contratou, o pedreiro, que não tinha habilitação técnica para realizar um serviço daquele porte, foi o responsável pela queda do prédio.
Artur Garrastazu, advogado da família de uma das vítimas, afirma que o município foi incompetente no exercício de uma atribuição essencial que é a fiscalização das obras irregulares. No desabamento que ocorreu em julho do ano passado, quatro pessoas morreram. Simone Celiberto, o filho Rodrigo Celiberto dos Santos, de cinco anos, o síndico Joel Dieter e a mulher dele, Marisa Preussler.

A estrutura do prédio passava por reformas.
Desde o desabamento do Edifício Santa Fé, 32 prédios tiveram atestada a segurança das estruturas pela Prefeitura. Hoje, Capão da Canoa tem um prédio, que fica na zona norte da cidade, interditado. Segundo Davenir de Lima, secretário de obras de Capão da Canoa,
após o desabamento, a prefeitura está fazendo uma fiscalização mais rígida."


- Para aqueles que acreditam que falta fiscalização quanto ao estado dos prédios em Capão da Canoa, resta-me perguntar: Até que ponto é dever do município ordenar que os cidadãos cuidem de seus imóveis? Por um acaso, não é dever do cidadão informar-se quanto a legislação em vigência?
O que ficou definido na última assembléia de condomínio do edifício Santa Fé? Todos os condôminos estavam presentes?
Foi informado aos condôminos que haveria intervenção nas vigas e pilares de sustentação do prédio? Nenhum condômino manifestou-se quanto a contratação de Engenheiro ?
Quem indicou o prestador de serviços?
O serviço foi contratado na pessoa física ou na pessoa jurídica do seu executante? Sim , porque o executante das obras no edifício
Santa Fé, possui uma empreiteira de mão de obra.
Acho que a verdade morreu junto com o Síndico do Santa Fé.
Por uma estranha coincidência, o Santa Fé desabou no dia do meu aniversário - 19/07. 
Sou lotada na Fiscalização da Secretaria de obras.
Referente a aplicação do Decreto 088/2009, substituído pela Lei 2678/2009. 
Conforme foram chegando os Laudos das edificações, foram tornando-se evidentes as deficiências do poder público.
- A falta de dados sobre os prédios, a falta de técnicos para orientar a fiscalização, a desestrutura do setor.
A Fiscalização de obras precisa com urgência de servidores para o serviço burocrático e atendimento do setor; necessita de veículo para uso exclusivo e efetivo - " o veículo adquirido em 2009 e adesivado como fiscalização de obras, é mera ficção.  Está constantemente a serviço da secretaria de planejamento, Gabinete do Prefeito, e outros setores da própria secretaria de obras.
Para a Fiscalização efetiva, que é o ordenamento e limpeza da cidade, além de ser fonte de arrecadação, é somente quando dá, porque todos os outros usos do veículo, que divergem muito do fim para o qual foi adquirido, sempre são tratados como prioridade.  - se houvesse condições de trabalho a fiscalização de obras seria a de maior arrecadação, superando inclusive a arrecadação da Fiscalização da Secretaria da Fazenda. 
Neste ano de 2010, deixou de ser arrecadado pela fiscalização de obras em torno de R$ 250.000,00.
Mas ninguém está preocupado com isto... acho que é porque a fiscalização efetiva atrapalha o lado político.
Retornando aos prédios: inúmeros prédios tiveram que ser escorados para sofrer reforço estrutural. Alguns ficaram fechados muitos meses. Infelizmente, depois de 16 meses do desabamento do edifício Santa Fé, a situação de risco ainda não foi eliminada.
Somente um prédio está interditado hoje; está sendo recuperado.
Há muitos prédios que foram notificados e até a presente data recusam-se a acatar as determinações do poder público; mas quando recebem Autos de Infração com multas significativas, ainda apresentam recursos para tentarem safar-se das multas.
Ainda há aqueles casos que são empurrados com a barriga, por uma série de fatores, entre estes um que me incomoda muito: o jeitinho, o favorzinho.
Há um prédio que literalmente está perdendo os pedaços; desde julho/2010, a fiscalização vem buscando uma medida drástica para prevenir os acidentes que possam ocorrer neste prédio ocasionados pelo desprendimento de material do topo do prédio. Até a presente data, ninguém deu importância ao fato; a fiscalização não recebe respostas.
Há um outro prédio em área central, bem antigo, cujo laudo aponta vários problemas, inclusive a construção de churrasqueiras nas sacadas, o que acresce um peso enorme na estrutura que não está saudável. O grande perigo e negligência, é que, como o prédio é antigo, quando foi edificado não foi observado o recuo de jardim de uma das testadas (o prédio é de esquina), ou seja, as sacadas que estão com o sobrepeso das churrasqueiras projetam-se sobre o passeio público  de uma avenida que tem grande movimento no verão. O condomínio foi notificado no início deste ano, e até agora não acatou a notificação para que providenciassem os reparos necessários e apresentassem Laudo Técnico expedido por profissional devidamente habilitado junto ao CREA quanto ao acréscimo de peso nas sacadas. A Síndica enviou ofício à fiscalização, dando notícias de que havia realizado assembléia e por decisão dos condôminos as churrasqueiras seriam demolidas para depois serem iniciadas as obras de recuperação predial. este ofício já tem mais de 6 meses  e até agora nada foi feito.
O processo referente a este condomínio já ficou parado em vários setores desta prefeitura; não há uma solução. 
Outra coisa à salientar: A negligência de Síndicos e Condôminos, que continuam achando que é somente o prédio alheio que desaba.
Há inúmeras modificações em apartamentos sem o acompanhamento de profissionais. Isto continua acontecendo.
Geralmente são retiradas de paredes, construção de churrasqueiras, fechamento irregular de terraços, aumento de construção em terraços e coberturas. Tudo ao arrepio da Lei.
Síndicos, Condôminos e Zeladores assistem a estas atrocidades como se fossem normais. Não há uma atitude em preservar as edificações. Sem falar no alto custo das reformas, que a grande maioria não tem condições de manter, mas continuam insistindo em possuir imóvel de veraneio, sem ter poder aquisitivo para sustentar as reformas, que se tivessem sido efetuadas no começo das patologias, teriam tido um baixo custo.
Continuarei alimentando esta página sempre que houver novidades.

Silvia Meister, simplesmente servidora pública sem voz nem vez.                            


3 comentários:

  1. Olá Silvia Meister, como já disse seu nome é mto bonito. Li td sobre o prédio Sta Fé, pois sou eng. civil e atualmente faço inspeções prediais em edifícios em Belém/PA, pois moro no município citado. Sou tb funcionário público da SESPA há 29 anos e vejo mta coisa feia, i.e, decisões políticas sobrepondo-se sobre as técnicas... é a vida. Meu email é oliverlobo@hotmail.com , gostei mto do seu blog... continue atualizando-o, voltarei a le-lo, abs Lobo.

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Garopaba - outubro/2010.