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Lua Cheia...

Lua Cheia...
Garopaba - março/2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Força e Coragem...

                                  FORÇA E CORAGEM
Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.
E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.
Há situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se faz mais necessária.
É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.
É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.
É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.
É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.
É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.
É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.
É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.
É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.
É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.
É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.
É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.
É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.
É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.
É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.
Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para não deixar-se alienar, para não deixar-se corromper, para fazer o justo sem ter nada em troca.

                                               (desconheço a autoria)

E que Deus me dê coragem e força para enfrentar mais um "dia de não poder fazer"... 
Que o grande Arquiteto do Universo me permita uma serenidade sem igual, e toda a tranquilidade possível para suportar mais um dia de desgovernança... 


Para Ângela: Complementei ontem o conteúdo do edifício Santa Fé.
Irei complementando aquela página conforme os acontecimentos com outros prédios. Ok? beijos


Para Sandra: Realmente Sandra, eu não sou de desistir... mas está muito difícil de aguentar todos os abusos que estou sofrendo...
Aqueles que enumero sempre: Falta de condições mínimas de trabalho, falta de competência e comprometimento de outros setores: e por aí afora... mas estou fazendo o possível para não desistir.


Ao meu Amor: Obrigado pela força, por me encorajar... pela paciência... por tudo... Te amo infinitamente, definitivamente...


Silvia Meister, simplesmente... 

domingo, 28 de novembro de 2010

Desistente...

                                      Desistir...  as vezes dá vontade!
Ultimamente – não sei se é a vida que anda mais dura, ou eu que estou mais sensível e sem paciência – tenho sentido que há muitos convites para a desistência em minha vida. As pessoas dizem, com atos ou palavras – desista. . Desista de ser uma boa funcionária, ninguém vai dar valor. Desista de tentar não se submeter às regras imbecis, as pessoas são medíocres. Desista de ser sincera, as pessoas querem ser enganadas. Desista de ser honesta, ninguém presta mesmo. Desista de querer amar e ser amada profundamente e intensamente pelas pessoas a quem você dá amor profundo e intenso, conforme-se com migalhas. Desista de tentar achar um candidato honesto, que mereça o seu voto, todo político é safado. Desista de querer fazer as coisas direito, ninguém reconhece o que é bom na gente, só o que é ruim. Desista de tentar conversar sobre o que você sente com os outros, você se expõe demais. Desista, deixe a vida te levar. Desista, não dê pérolas aos porcos, não invista em coisas demoradas, não sonhe tanto. Desista de querer tanta coisa. Desista. Desista. Desista. A vida é dura. Conforme-se. E espere a sua morte chegar.
É sábio desistir do que não tem jeito. Mas é mais sábio ainda continuar tentando se há uma pequena chance de dar certo.
E aí eu pensei que ninguém vai me fazer desistir de algo que eu não consigo. Eu só desisto daquilo que eu não quero mais. E talvez essa seja a minha maior qualidade… E o meu maior defeito.
Só sei que, hoje, eu precisava escrever esse post pra dizer pra mim mesma que eu não quero ser uma desistente. Não quero. Embora esteja fortemente inclinada a desistir de muitas coisas... coisas que não dependem de uma decisão minha, tanto no trabalho quanto na vida pessoal; coisas que para eu continuar fazendo, e bem, dependem de outros, que tem medo de se expor, que preferem ir levando em banho-maria, e assim, me impossibilitam ações que são necessárias. Dá vontade, e muito forte, de largar tudo, de deixar pra lá, afinal, se eu trabalhar ou não, meu salário vem igual no final do mês, basta fazer de conta... basta ser funcionária de vitrine...

Não quero ser uma desistente, mas não sei até que ponto ainda posso aguentar..
E é bom que essas coisas fiquem registradas. Bem registradas.

Para Ângela: Estava te devendo um post... não devo mais. Leia a página intitulada Edifício Santa Fé e outros prédios de Capão da Canoa. Está bem no começo, acima do quem sou eu...
beijos.

Silvia Meister. servidora pública sem voz e sem vez.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Tudo mudou...

Recebi este texto por e-mail... é muito interessante...

                                  E tudo mudou...

Para aqueles que nasceram nos meados dos anos 50,  foi barra para mudar todos os conceitos de várias gerações.
Faz apenas 50 anos que apareceu a televisão, o chuveiro elétrico, a declaração dos direitos humanos e a Playboy.
Casar era para sempre, sustentar os filhos era somente até quando eles conseguissem emprego, as certezas duravam a vida toda e os homens eram os primeiros a serem servidos na mesa de jantar.
As avós eram umas velhinhas, hoje, essas mulheres de 40 ou 50 anos viraram um “mulherão”, Todos nos vestimos como nossos filhos. Não existem mais velhos com antigamente. Essa foi uma geração que mudou tudo.
Culpa da guerra, da pílula, da internet, da globalização, do muro de Berlim, da televisão e da tecnologia.
Até morrer ficou diferente. Na minha rua havia um velhinho que morria aos poucos. Ficou dez anos morrendo e isto aconteceu depois de completar 57 anos. Hoje se morre aos 80 ou 90 e é um vapt-vupt.
Com a pílula, a mulher teve os filhos que quis e ela sempre quis poucos. Como não conseguimos mais sustentar uma família, elas foram à luta e saíram para poder pagar a comida congelada, a luz e o telefone. Se a coisa não vai bem: é fácil a separação, difícil é pagar a pensão. Na realidade, as mães são solteiras com doze anos. Depois serão chefes de família, com muitos filhos de muitos pais.
Em 50 anos tiraram a filosofia da educação básica, e como o pensamento era reprimido pela revolução, tudo virou libertação. Pedagogia da libertação. Teologia da libertação. Psicologia da libertação. Deu no que deu. Burrice liberada. Burrice eleita.
Para as pessoas com mais de 50 anos, palhaço era o Arrelia. Hoje o povo inteiro é meio palhaço, meio pateta. Ladrão era o Bandido da Luz Vermelha; hoje os ladrões tomaram conta dos palácios, da Câmara Federal e de uma cidade que não existia, chamada Brasília.
Ângela dançarina só na zona do meretrício. Presidente da República era letrado. Experiência com feijão e algodão germinando a gente fazia na escola e não em vôo espacial, pago a 12 milhões de dólares. Movimento social era reunião dançante. Dia da mentira não era data nacional. Piercing quem usava era índio botocudo. Tatuagem eram em criminoso do bas fond. Mansão do Lago era algo de filme de terror e não lugar onde ministro divide dinheiro. Caseiro não era mais ético do que ministro. Quadrilha era dança junina e não  coisa de  político. O Clube dos cafajestes eram uns inofensivos Playboys cariocas e não um País inteiro.
As pessoas de mais de 50 estão assim meio tontas, mas vão levando. Fumaram e deixaram de fumar. Beberam Whisky com muito gelo, hoje tomam água mineral. Foram marxistas até descobrir quem eram Harpo, Chico e Groucho, e que marxismo é um grande engodo.
Ninguém tem certeza de mais nada e a unica música dos Beatles a tocar é “HELP”.
Pára Brasil!  Os caras com mais de 50 anos querem descer!!!
                                                                Autor desconhecido.


É , tudo mudou... Não existe mais ética, não existe respeito ao cidadão de bem, não existe mais direitos humanos para humanos direitos...
Em algum ponto dessa trajetória, confundiram liberdade com libertinagem.
Hoje quem trabalha, quem dá duro pra sobreviver é taxado por impostos aviltantes, para assim sustentar aquele que nada faz além de esperar no final de cada mês o bolsa isso e aquilo.
Inventaram 1001 movimentos... mas todos sempre a postos para levarem vantagem e até a propriedade de quem trabalhou muito na vida para obter.
O pior, é que nos acostumamos com isso... passamos a achar normal... Realmente somos cidadãos de papel...

Silvia Meister, simplesmente. 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Impotência... II

Continua tudo igual... nenhuma atitude... 
O mesmo empurrar com a barriga de sempre...
Devem achar lindo ser publicado no jornal e na net, que o poder público é omisso em Capão da Canoa...
Isso me deixa P... da vida!
Não estou aguentando mais! Vou explodir!!!!!
É nadar e morrer na praia!
O que vou dizer para as pessoas que estão solicitando uma atitude? A verdade... que elas não conseguirão nada no órgão municipal que teria que resolver o problema!!!!!!
Acho que as pessoas querem mesmo não é ver o circo pegar fogo, é ver o circo desabar!
Afinal, as leis foram feitas para serem descaradamente descumpridas. E dá nada!
E que Deus, que é o Grande Arquiteto do Universo, salve Capão da Canoa! 
CONTINUO REVOLTAAAAADAAAAA!


                                           
Para Ângela: Tens razão; a mídia está errada. O prédio que está sendo construído é no lugar do edifício Caravela, ao lado do terreno do edifício Santa Fé; a confusão acontece, porque está sendo usado o terreno do extinto Santa Fé para depósito de materiais e confecção das armaduras do prédio novo.

Silvia Meister, simplesmente.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Impotência...

Me sinto impotente; e hoje este sentimento está tão forte, que dá vontade de gritar!
Transcrevo abaixo, a página do jornal Zero Hora do dia 20/11/10.

"Polícia | 20/11/2010 | 21h57min
Concluído o inquérito sobre desabamento de prédio em Capão da Canoa ano passado
Pedreiro foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O síndico, que morreu no acidente, também foi responsabilizado.
Foi concluído o inquérito sobre o sobre o desabamento de um prédio em Capão da Canoa no ano passado. Com mais de 200 páginas, o documento foi encaminhado ao fórum do município.
Segundo o delegado Heraldo Guerrero, o inquérito responsabilizaria o síndico pela contratação de uma pessoa inabilitada para o serviço a ser realizado. A pessoa que ele contratou, o pedreiro, que não tinha habilitação técnica para realizar um serviço daquele porte, foi o responsável pela queda do prédio.
Artur Garrastazu, advogado da família de uma das vítimas, afirma que o município foi incompetente no exercício de uma atribuição essencial que é a fiscalização das obras irregulares. No desabamento que ocorreu em julho do ano passado, quatro pessoas morreram. Simone Celiberto, o filho Rodrigo Celiberto dos Santos, de cinco anos, o síndico Joel Dieter e a mulher dele, Marisa Preussler. A estrutura do prédio passava por reformas.
Desde o desabamento do Edifício Santa Fé, 32 prédios tiveram atestada a segurança das estruturas pela Prefeitura. Hoje, Capão da Canoa tem um prédio, que fica na zona norte da cidade, interditado. Segundo Davenir de Lima, secretário de obras de Capão da Canoa, após o desabamento, a prefeitura está fazendo uma fiscalização mais rígida.
No terreno do Edifício Santa Fé, um outro prédio está sendo construído."


A quem interessar possa: A fiscalização de obras, faz tudo o que pode. Mas, trabalhamos sob orientação, a maioria das vezes verbal.
E isso acontece há muitos anos.
Mas, quando acontecem os fatos, ninguem se preocupa em averiguar como a coisa funciona, ou melhor: não funciona!
Não existe um setor estruturado. Falam apenas em fazer concurso para fiscal, quando na verdade, para levar a coisa com um pouco de seriedade, é preciso de uma estrutura básica:
- Servidores  para o serviço burocrático.
- Aparelhamento, tipo trenas eletrônicas, que diminuem o tempo dispensado em medições. Máquinas fotográficas que deverão obedecer certas especificações.
- Engenheiro responsável pelo amparo técnico do setor.
- Veículos exclusivos para a fiscalização.
- Setor de plantas competente para prestar as informações  necessárias ao bom desenvolvimento da fiscalização.
Bem, de todos estes ítens o que temos hoje?  nada!!!!!!!
Só a ânsia de fazer um concurso, sem ter uma base real do que realmente é necessário... ou seja, é somente achometro!!!! (eu acho isto, eu acho aquilo). 
Até agora, não recebí nenhum pedido de informação quanto ao funcionamento do setor.
E as coisas continuam acontecendo...
Sem falar nos entraves que encontramos pela falta de comprometimento, pelo empurrar com a barriga aquelas situações que exigem atitudes enérgicas, como é dever do poder público, para segurança e tranquilidade dos cidadãos, quer sejam eles veranistas ou residentes fixos. Ah, sem falar nos jeitinhos...
É inconcebível se continuar pecando pela falta, pela omissão, quando é muito mais digno, se pecar pelo excesso.
" Os atos excessivos, tem conserto;  a omissão geralmente é irreverssível, e é uma pena que sempre a corda arrebente do lado mais fraco".
Estou REVOLTAAAAAADAAAAAA!!!!!!!.
Não aguento mais saber o que tem que ser feito e ficar a mercê de quem não quer se comprometer, de quem só vai empurrando as coisas, porque na hora do vamos ver, não tem o seu nome exposto.
Hoje estou sem filtro e sem freio, fazendo curva a 180 sem derrapar... e se não conseguir atitudes dentro da prefeitura, vou procurar ajuda do lado de fora...
E me segurem, se conseguirem....
Depois do expediente de hoje, eu contarei mais...

Silvia Meister, simplesmente servidora pública, sem voz nem vez.

domingo, 21 de novembro de 2010

Esperando...

Estou em compasso de espera...
Não sei se as notícias serão boas ou ruins...
Mas, sejam elas o que forem, sei que provocarão mudanças profundas na minha vida... só não sei se as mudanças serão imediatas ou a curto prazo... mas sei que elas acontecerão.
E, refletindo um pouco sobre diversas situações, vale dizer que:
"DEUS ESCREVE CERTO POR LINHAS TORTAS, EMBORA AS VEZES NOS PAREÇA, QUE ESCREVE TORTO POR LINHAS CERTAS..."
O texto do post de hoje, é para refletir.

                        Cuide bem de quem lhe quer bem...
É incontável o número de pessoas que passam pela nossa vida, algumas deixam marcas de amizade, outras de ressentimento, de saudade e ainda há as que não deixam coisa nenhuma, apenas passam e vão embora, sem que haja sequer motivo para serem lembradas posteriormente.
São as insípidas ao nosso paladar! Porém, todas elas convergem em um ponto: cada uma tem um comportamento que lhe é próprio, que a caracteriza das demais.
Há tipos extrovertidos, excêntricos, introspectivos, carismáticos, estranhos, etc...
Mas escolhemos para perto apenas o tipo que nos atrai, como um ímã, uma essência aromática, um jeito peculiar que nos faz bem.
Em se tratando de comportamento entram aí a personalidade, o temperamento e as atitudes mais ou menos padrão que cada pessoa tem. Às vezes, devido aos imprevistos do cotidiano, pode-se mudar essa simetria e moldá-la de acordo com o fato presente.
Afinal, ninguém é tão equilibrado (e coerente) a ponto de agir sempre da mesma maneira até nas circunstâncias sobrevenientes.
Porém, de um modo geral, somos identificados pela especificidade com que demonstramos as nossas ações e reações, sejam elas raras ou comuns. Daí a atração ou repulsão recíproca.
Esse padrão de atitude é que definirá quem fica e quem vai embora.
Sentimo-nos atraídos por aquelas que convergem no nosso modo de pensar e agir, que nos completam por possuírem semelhanças emocionais e/ou psicológicas resultando em laços de amizade ou algo mais, se for o caso.
Em contrapartida, afastamo-nos daquelas que destoam das peculiaridades que nos são próprias ou que vão de encontro com os nossos fundamentos. Essas não nos encantam.
São opacas aos nossos olhos e nos fazem mal.
Podemos até conviver socialmente com esses indivíduos, mas inexiste interação, empatia ou desejo de estreitar a relação.
E esse sentimento de repulsa quase sempre é sentido por ambos.
Acredito que essa força que nos aproxima de alguém em especial seja algo sinestésico, percebido pelos dois.
É aquele momento em que as energias fluem e evoluem para algo sólido e prazeroso. Essa pessoa passa a ser exclusiva, a fazer parte da nossa vida e a ter um grau de importância que entra por um caminho sinuoso de emoções e acaba perfazendo todo o trajeto dos sentimentos. Há sintonia em todos os sentidos: no olhar, nas palavras, nos gestos, na cumplicidade real, verdadeira... 

Nem a distância, nem o tempo apagam essa sensação boa de correspondência sensorial.
A verdade é que não conseguimos viver sozinhos, sem um amigo verdadeiro, sem conhecer a paixão, sem nos envolver, sem um amor que nos complete.
A ausência dessa ligação nos torna reticentes e arredios às emoções. Passamos a ter uma visão ambivalente do mundo, alterando o comportamento e as atitudes.
É um andar mais lento para chegar em casa, uma sensação de fome após estar saciado, é uma letargia permanente que encobre o sorriso e traz a nostalgia para dentro de nós.
Precisamos de alguém por perto, bem próximo, isso é urgente, para ontem.
E por onde quer que vamos, sempre haverá alguém, basta estar atento para identificá-lo.
Encontrar essa pessoa é como fechar um ciclo e iniciar outro.
É apalpar o vento, ouvir o silêncio, enxergar os sonhos!
É uma energia que nasce e se expande para todos os lados.
Que importa se esse alguém é tímido ou extrovertido em demasia, se tem manias estranhas ou fala demais, se é bonito ou de beleza comum; é a pessoa que escolhemos para ampliar as nossas emoções.
No meio de tantas outras, é a que faz a diferença!
Não há nada que substitua essa vivência.
Quem não compreende isso não sabe viver.
Temos que aproveitar o que for possível, afinal, o amanhã é incerto para todos nós.                                                                               
                (desconheço a autoria)

Lindo e verdadeiro...

Ao Meu Amor: Aconteça o que acontecer, meu Amor é  ...


Silvia Meister, simplesmente...  

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

É difícil disfarçar...

                          Tá tão difícil fingir que tá fácil...

É realmente muito difícil, em alguns momentos de nossa vida, fingir que tá fácil, mas ainda assim a gente insiste em fingir, sem se dar conta de que isso só aumenta mais a dificuldade, seja física, mental e, principalmente, emocional. Fica fazendo cara de feliz e até sorrindo feito bobo, só pra disfarçar a dor que lateja por dentro, a tristeza que machuca sem parar, a mágoa por algo que aconteceu e não sabemos o que fazer com a realidade.
Talvez um emprego que perdemos ou nem conseguimos conquistar; um amor que acabou ou nem começou; um amigo ou irmão com quem brigamos e não sabemos como fazer as pazes; uma raiva absurda que toma conta da gente por causa de uma situação em que nos sentimos contrariados, diminuídos, humilhados...

Enfim, muitas vezes, vivemos situações que nos provocam o desejo de xingar, gritar, esbravejar, argumentar e chorar feito criança, sem se importar com as caretas, as lágrimas, o barulho... só chorar, chorar e chorar até pegar no sono... Mas não! Não nos permitimos amolecer. Permanecemos durões, engolindo a dor a seco, sentindo a tristeza passar pela garganta como se fosse espinha de peixe enroscada... arranhando, incomodando, doendo mais. E lá estamos nós... fingindo que está fácil!

Pois bem, não sei quanto a você, mas estou decidida, cada vez mais, a mostrar o que sinto, mesmo sabendo e confessando que não é nada fácil. No entanto, se não é nada fácil se expor e mostrar os sentimentos, especialmente quando eles escancaram nossa fragilidade e vulnerabilidade, mais difícil ainda é fingir, camuflar, parecer sem ser, viver sem se aprofundar, amar sem ser intenso, sentir sem se entregar.

Não estou, de forma alguma, sugerindo que você alimente sentimentos como raiva, tristeza e desesperança. Muito pelo contrário: estou sugerindo que você os assuma, os sinta e, assim, possibilite o fim de cada um deles. Porque enquanto a gente finge que não está sentindo, eles continuam lá, enroscados. Mas quando a gente assume e os expõe, eles passam, acabam, vão embora. Claro que, sobretudo, este tem de ser o nosso objetivo. É o meu, garanto!

Aproveito, então, para sugerir que esta seja a sua grande lição: 

Parar de fingir que está fácil quando não estiver. Parar de sustentar um ego que só o faz ser quem você não é (ou seja, ninguém!) e o distancia de sua verdadeira essência. Parar de se importar tanto em ter razão e se concentrar mais na sua humanidade, na sua imperfeição, na sua vontade de crescer e se tornar melhor, lembrando sempre de que a gente só consegue sair de um lugar e chegar a outro quando tem consciência de onde está e, sobretudo, para onde deseja ir.
Que você vá além e ultrapasse qualquer caminho que não seja o seu. Saia do fingimento e vá para o autêntico, por mais difícil que seja, porque só assim é que a vida vale a pena e é só aí que o amor encontra espaço!

                                  (Texto de Rosana Braga)

Silvia Meister, simplesmente ∞...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Procurando meu ânimo...

                                Recomeçar é preciso...
Não sei dizer se a vida nos cansa ou se nós é que nos sentimos fadigados da existência. Nos repetimos sempre. Ou quase. E nos lamentamos desse dia-a-dia onde nos levantamos, trabalhamos, regressamos e descansamos para no dia seguinte recomeçarmos.
Mas é essa a vida e muitos não aceitariam mudança nenhuma se a oportunidade lhes fosse oferta. Ter que recomeçar alguma coisa abala muita gente, pois mesmo a vida corriqueira e imutável causa segurança. Conhece-se os caminhos, os atalhos, os desvios, as curvas a serem evitadas.
A consciência de ter que recomeçar é que nos faz sofrer, duvidar, temer. Medimos nossa capacidade e com bastante freqüência... nossa incapacidade! Se não medirmos nada, avançaremos como as crianças avançam nos primeiros passos, titubeantes, mas orgulhosos.
A mente humana é um poderoso instrumento. Ela condiciona, impõe, impede, impele, comanda... mas nem sempre no bom sentido. Ela sente, ressente, guarda as impressões e as marcas que a vida vai fazendo ao longo dos anos. E se pensamos em recomeçar alguma coisa, ela acende a luz vermelha em sinal de atenção. Assim é que muitos paralisam-se e não fazem nada. Acomodam-se.
Porém, a vida nos impõe recomeços a cada instante e os seguimos com naturalidade, fazemos nossa parte. 
Somos condicionados e nem nos questionamos.
Me pergunto então por que não nos condicionamos a viver coisas novas, experimentar nem que seja por uma vez ousar. Se é nossa mente que nos comanda e que somos donos de nós, por que não pegarmos as rédeas, o comando?
A vida desabrocha por todos os cantos e precisamos vivê-la. Mas bem vivê-la. Deus nos criou para sermos felizes, não para passarmos os dias perdidos em lamentos sem tomar atitudes.
Avança!
Recomeçar é preciso quando o que temos já não nos satisfaz. E recomeçar é sempre possível quando colocamos de lado as dúvidas, pois perdedor na vida não é quem tentou e não conseguiu, mas sim aquele que abandonou a coragem e perdeu a fé.
                                                                                              (Letícia Thompson)

Estou desanimada, com dores... por isso dediquei um pedacinho da manhã à leitura; encontrei este texto de Letícia Thompson.
Realmente, preciso me animar um pouco... preciso continuar... embora as coisas estejam fora de lugar, preciso acreditar que um dia elas se encaixarão; e o que tiver que ser, será!
            


Silvia Meister, simplesmente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Almas Perfumadas

                                 Almas Perfumadas
Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro. ...E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns
são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não
liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal
do tempo em que agente acordava e encontrava o presente
do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no 

céu e daquelas que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente
tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
...Recebendo um buquê de carinhos.
...Abraçando um filhote de urso panda.
...Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua
presença sopra no nosso coração.
...Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
...Do brinquedo que a gente não largava.
...Do acalanto que o silêncio canta. ...De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. ...Corre em outras veias. 

...Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos
Deus está conosco, juntinho ao nosso lado.
...E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Tem gente como você que nem percebe como tem a alma Perfumada!
E... que esse perfume é dom de Deus.

                                                           (Ana Jácomo)


Lindo texto; Amo ler Ana Jácomo.

Para Sandra M: Tens razão... é por isso que devemos olhar com muita atenção, antes de votar em alguém que virá ser o nosso patrão, quem ele tem ao lado, quem ele poderá trazer para mandar em nós. 
De tipos perniciosos como aquele, já estamos cheios, não é?  
Por isso, devemos analisar bem não só o candidato, mas os bastidores da sua campanha. E, embasados em tudo que já vimos dentro da nossa prefeitura, devemos ser extremamente seletivos.
Tenho convicção de que quando os candidatos não preenchem as nossas expectativas, devemos votar em nenhum. Este é o maior exercício da nossa cidadania, afinal temos o direito de escolha, e daqui pra frente, sempre vou me recusar a votar no menos ruim.

Silvia Meister, simplesmente...

domingo, 14 de novembro de 2010

Assédio moral no trabalho... III

              Danos da humilhação à saúde

A humilhação constitui um risco invisível, porém concreto nas relações de trabalho e a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, revelando uma das formas mais poderosa de violência sutil nas relações organizacionais, sendo mais freqüente com as mulheres e adoecidos. Sua reposição se realiza ’invisivelmente’ nas práticas perversas e arrogantes das relações autoritárias na empresa e sociedade. A humilhação repetitiva e prolongada tornou-se prática costumeira no interior das empresas, onde predomina o menosprezo e indiferença pelo sofrimento dos trabalhadores/as, que mesmo adoecidos/as, continuam trabalhando.
Freqüentemente os trabalhadores/as adoecidos são responsabilizados/as pela queda da produção, acidentes e doenças, desqualificação profissional, demissão e conseqüente desemprego. São atitudes como estas que reforçam o medo individual ao mesmo tempo em que aumenta a submissão coletiva construída e alicerçada no medo. Por medo, passam a produzir acima de suas forças, ocultando suas queixas e evitando, simultaneamente, serem humilhados/as e demitidos/as.
Os laços afetivos que permitem a resistência, a troca de informações e comunicações entre colegas, se tornam ’alvo preferencial’ de controle das chefias se ’alguém’ do grupo, transgride a norma instituída. A violência no intramuros se concretiza em intimidações, difamações, ironias e constrangimento do ’transgressor’ diante de todos, como forma de impor controle e manter a ordem.
Em muitas sociedades, ridicularizar ou ironizar crianças constitui uma forma eficaz de controle, pois ser alvo de ironias entre os amigos é devastador e simultaneamente depressivo. Neste sentido, as ironias mostram-se mais eficazes que o próprio castigo. O/A trabalhador/a humilhado/a ou constrangido/a passa a vivenciar depressão, angustia, distúrbios do sono, conflitos internos e sentimentos confusos que reafirmam o sentimento de fracasso e inutilidade.
As emoções são constitutivas de nosso ser, independente do sexo. Entretanto a manifestação dos sentimentos e emoções nas situações de humilhação e constrangimentos são diferenciadas segundo o sexo: enquanto as mulheres são mais humilhadas e expressam sua indignação com choro, tristeza, ressentimentos e mágoas, estranhando o ambiente ao qual identificava como seu, os homens sentem-se revoltados, indignados, desonrados, com raiva, traídos e têm vontade de vingar-se. Sentem-se envergonhados diante da mulher e dos filhos, sobressaindo o sentimento de inutilidade, fracasso e baixa auto-estima. Isolam-se da família, evitam contar o acontecido aos amigos, passando a vivenciar sentimentos de irritabilidade, vazio, revolta e fracasso.
Passam a conviver com depressão, palpitações, tremores, distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivos, dores generalizadas, alteração da libido e pensamentos ou tentativas de suicídios que configuram um cotidiano sofrido. É este sofrimento imposto nas relações de trabalho que revela o adoecer, pois o que adoece as pessoas é viver uma vida que não desejam, não escolheram e não suportam.            (extraído do site www.assediomoral.org)

Em vários municípios já houveram seminários sobre o assédio moral no trabalho. Acho que nosso Sindicato deveria investir em palestras sobre o assunto, incentivar as denúncias e proporcionar todo o apoio necessário ao servidor assediado.  

E hoje é sábado; muito movimento na cidade.
Vejam onde eu gostaria de estar agora:
  Em Garopaba, é claro!
Ao meu Amor:   ...o amor não é acaso, o sentimento não é acaso, o encontro não é acaso... nem nós... Te Amo ∞ !

Até mais tarde.
Silvia Meister, simplesmente...

sábado, 13 de novembro de 2010

Assédio moral no trabalho... II

               Fases da humilhação no trabalho

A humilhação no trabalho envolve os fenômenos vertical e horizontal.
O fenômeno vertical se caracteriza por relações autoritárias, desumanas e aéticas, onde predomina os desmandos, a manipulação do medo, a competitividade, os programas de qualidade total associado a produtividade. Com a reestruturação e reorganização do trabalho, novas características foram incorporadas à função: qualificação, polifuncionalidade, visão sistêmica do processo produtivo, rotação das tarefas, autonomia e ’flexibilização’. Exige-se dos trabalhadores/as maior escolaridade, competência, eficiência, espírito competitivo, criatividade, qualificação, responsabilidade pela manutenção do seu próprio emprego (empregabilidade) visando produzir mais a baixo custo.
A ’flexibilização’ inclui a agilidade das empresas diante do mercado, agora globalizado, sem perder os conteúdos tradicionais e as regras das relações industriais. Se para os empresários competir significa ’dobrar-se elegantemente’ ante as flutuações do mercado, com os trabalhadores não acontece o mesmo, pois são obrigados a adaptar-se e aceitar as constantes mudanças e novas exigências das políticas competitivas dos empregadores no mercado global.
A "flexibilização", que na prática significa desregulamentação para os trabalhadores/as, envolve a precarização, eliminação de postos de trabalho e de direitos duramente conquistados, assimetria no contrato de trabalho, revisão permanente dos salários em função da conjuntura, imposição de baixos salários, jornadas prolongadas, trabalhar mais com menos pessoas, terceirização dos riscos, eclosão de novas doenças, mortes, desemprego massivo, informalidade, bicos e sub-empregos, dessindicalização, aumento da pobreza urbana e viver com incertezas. A ordem hegemônica do neoliberalismo abarca reestruturação produtiva, privatização acelerada, estado mínimo, políticas fiscais etc. que sustentam o abuso de poder e manipulação do medo, revelando a degradação deliberada das condições de trabalho.
O fenômeno horizontal está relacionado à pressão para produzir com qualidade e baixo custo. O medo de perder o emprego e não voltar ao mercado formal favorece a submissão e fortalecimento da tirania. O enraizamento e disseminação do medo no ambiente de trabalho, reforça atos individualistas, tolerância aos desmandos e práticas autoritárias no interior das empresas que sustentam a ’cultura do contentamento geral’. Enquanto os adoecidos ocultam a doença e trabalham com dores e sofrimentos, os sadios que não apresentam dificuldades produtivas, mas que ’carregam’ a incerteza de vir a tê-las, mimetizam o discurso das chefias e passam a discriminar os ’improdutivos’, humilhando-os.
A competição sistemática entre os trabalhadores incentivada pela empresa, provoca comportamentos agressivos e de indiferença ao sofrimento do outro. A exploração de mulheres e homens no trabalho explicita a excessiva freqüência de violência vivida no mundo do trabalho. A globalização da economia provoca, ela mesma, na sociedade uma deriva feita de exclusão, de desigualdades e de injustiças, que sustenta, por sua vez, um clima repleto de agressividades, não somente no mundo do trabalho, mas socialmente. Este fenômeno se caracteriza por algumas variáveis:
  • Internalização, reprodução, reatualização e disseminação das práticas agressivas nas relações entre os pares, gerando indiferença ao sofrimento do outro e naturalização dos desmandos dos chefes.
  • Dificuldade para enfrentar as agressões da organização do trabalho e interagir em equipe.
  • Rompimento dos laços afetivos entre os pares, relações afetivas frias e endurecidas, aumento do individualismo e instauração do ’pacto do silêncio’ no coletivo.
  • Comprometimento da saúde, da identidade e dignidade, podendo culminar em morte.
  • Sentimento de inutilidade e coisificação. Descontentamento e falta de prazer no trabalho.
  • Aumento do absenteísmo, diminuição da produtividade.
  • Demissão forçada e desemprego.
A organização e condições de trabalho, assim como as relações entre os trabalhadores condicionam em grande parte a qualidade da vida. O que acontece dentro das empresas é, fundamental para a democracia e os direitos humanos. Portanto, lutar contra o assédio moral no trabalho é estar contribuindo com o exercício concreto e pessoal de todas as liberdades fundamentais. É sempre positivo que associações, sindicatos, coletivos e pessoas sensibilizadas individualmente intervenham para ajudar as vítimas e para alertar sobre os danos a saúde deste tipo de assédio.
                                       (extraído do site www.assediomoral.org)
É interessante, extremamente esclarecedor. 
No âmbito do serviço público, é estarrecedor o índice desta prática covarde. O que talvez amenize um pouco, é que geralmente o (a) covarde não é servidor público estável e não permanece por mais de uma administração, e quando é servidor que ocupa cargo de chefia (FG), igualmente é só por um mandato.
Certamente voltarei ao assunto; e por vivência, posso afirmar que geralmente o assediado é mais culto, mais instruído e mais competente do que o assediador. Talvez o que motive esta prática nos órgãos públicos, seja a impermanência destes seres do mal, pois eles sabem que assim como tiveram data marcada para chegar, tem data marcada para sair - prazo máximo de validade: 4 anos (para alívio da grande maioria).
 
Início de feriadão que promete movimento intenso na cidade... 
         

Até logo mais.

Silvia Meister, simplesmente. 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Assédio moral no trabalho...

 

                        O que é assédio moral no trabalho?

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto-estima.
Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Este, pressupõe:
  1. repetição sistemática
  2. intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego)
  3. direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório)
  4. temporalidade (durante a jornada, por dias e meses)
  5. degradação deliberada das condições de trabalho
Entretanto, quer seja um ato ou a repetição deste ato, devemos combater firmemente por constituir uma violência psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos.
O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do ’novo’ trabalhador: ’autônomo, flexível’, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita. Estar ’apto’ significa responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpabilizá-los pelo desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, desfocando a realidade e impondo aos trabalhadores um sofrimento perverso.
A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental*, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.
A violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional segundo levantamento recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com diversos países desenvolvidos. A pesquisa aponta para distúrbios da saúde mental relacionado com as condições de trabalho em países como Finlândia, Alemanha, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos. As perspectivas são sombrias para as duas próximas décadas, pois segundo a OIT e Organização Mundial da Saúde, estas serão as décadas do mal estar na globalização, onde predominará depressões, angustias e outros danos psíquicos, relacionados com as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas as políticas neoliberais.
                (extraído do site www.assediomoral.org)
Muito interessante e esclarecedor este texto, se encaixa perfeitamente em várias situações vivenciadas no dia a dia.
Pretendo trazer mais sobre o assunto. 
Para Ângela: Realmente estamos em sintonia... teus comentários são maravilhosos e chegam na hora certa. Obrigado.

Para Eloir e Janete Matos: Obrigado pela presença de Vocês neste meu cantinho, é uma grande honra! Vocês são muito especiais!

Até depois.
Silvia Meister, simplesmente servidora pública, sem voz nem vez.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pra não dizer que não falei de flores...

                   Os amores na mente, as flores no chão
                   A certeza na frente, a história na mão
                   Caminhando e cantando e seguindo a canção
                   Aprendendo e ensinando uma nova lição
...  
                                                                                                       (Geraldo Vandré) 
Neste caos instituído, caluniar um servidor dedicado e competente tornou-se rotina enquanto outros tem as faltas cometidas simplesmente varridas pra baixo do tapete - grifando-se que são faltas graves -  ainda consigo encontrar coisas boas... 
1 - Foi motivada pelo caos, que criei este blog; e está me fazendo muito bem.
2 - Estou tendo a oportunidade de ficar mais próxima de uma pessoa maravilhosa, de trocar ideias, oportunidade de ouvir e ser ouvida, o que diga-se de passagem, dentro desta prefeitura, a cada dia que passa está mais difícil. Estou falando de Josiel Matos; filho de meu grande amigo Eloir Matos. São Seres Muito Humanos, Pai e Filho. E confirma-se o dito popular "A fruta nunca cai longe do pé".
Eita! menino maravilhoso, culto, inteligente, gentil, competente!
Ah! se ele pudesse emprestar um pouquinho de competência para los otros... com certeza tudo estaria melhor dentro deste mundinho feio denominado prefeitura...
Los otros, estão tendo a chance de se lapidarem, de se melhorarem um poquinho, mas as trevas da politicagem barata e da ignorância não os deixa ver que o cavalo está passando encilhado...
" Josiel: Obrigado por tudo! Adoro Você!"
Nós servidores, continuamos sendo nada, sem voz nem vez.
Estamos sendo agredidos profissionalmente...     
Condições de trabalho? - nenhuma!!!!!!
Angela: O seu comentário foi providencial... acho que sabias exatamente o que eu precisava.
Paulinho do Magistério: Seja bem vindo a este blog. Não esmoreça da sua luta pelo livro. Os justos e os bons serão recompensados.
Ao meu Amor: Obrigado por Você existir, por ser o meu Amor, o meu ânimo, o meu tudo! Amo Você !!!!!!!!!!
Pra rir um pouquinho: Dizem que para incorporar melhor o personagem, já que parece que o alardear da ignorância não está bastando, tem alguém a ponto de amputar um dedo...
Até depois.
Silvia Meister, simplesmente servidora pública, sem voz e sem vez.               

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Quase virando a página...

Em 2009, achei que estava na hora de virar algumas páginas...

Tentei, mas alguma coisa ficou fora do lugar... e foi aí que 
percebí, que precisamos viver as coisas até o fim... 
E resolvi retomar o caminho, me entregar inteiramente ao que sinto, me permitir viver o que meu coração pede até que todas as chamas se apaguem e - depois de todas as tentativas nada mais possa ser resgatado. Hoje eu sei que realmente, não precisa ser pra sempre, mas obrigatoriamente, tem que ser até o fim.
E eu vou...


Silvia Meister, simplesmente.

Esperando...

Fiquei o expediente inteiro esperando a comunicação da minha disponibilidade; não veio... infelizmente...
Estou desânimada, desmotivada...
                            Literalmente em marcha lenta...
Para Angela: É colega, precisamos acreditar que dias melhores virarão... e que é só uma questão de tempo...
 
Até mais tarde.

Silvia Meister, simplesmente.

domingo, 7 de novembro de 2010

A vida não é certinha...

Hoje, revendo alguns arquivos de texto, encontrei este (cuja autoria desconheço) para dividir com Vocês.
                                                      
                              A VIDA NÃO É CERTINHA...
Como seria lindo se a vida pudesse ser toda certinha. Que a gente tivesse dinheiro de sobra pra pagar todas nossas contas. Que a gente tivesse um emprego maravilhoso. Que nosso cabelo amanhecesse sempre lindo. Que os sapatos não fizessem calos. Que a gente não magoasse ninguém (e que ninguém nos magoasse). Que tudo se encaixasse como peça de quebra-cabeça. Feijão com arroz.
Mas ela não é. Sempre foi longe de ser.
Muitas vezes agi em nome de valores que desde criança fui educada a seguir e com isso, deixei minha felicidade em segundo plano. Mas e aí? E agora? Cadê meu troféu de rainha da virtude? A verdade é que vou dormir e acordar com vontade e com aquela agonia de imaginar: como seria se…
Acredito sim, que não devemos ser impulsivos, apesar de muitas vezes não conseguir. Eu não acredito em pessoas certas e momentos errados, em diversas situações eu pude constatar que isso não existe. Porque, pode sim, existir a pessoa certa, mas o momento errado não. Porque, repetindo o parágrafo acima, a vida não é certinha. Exata. Ou seja, nós, que pagamos nossas contas, que acordamos cedo pra ir pro trabalho e um zilhão de outras coisas mais, que fazemos o momento certo das nossas vidas. Nós e mais ninguém. Mas, infelizmente, acho que existem suas exceções.
No final, você acaba colocando a culpa na vida, coitada. A vida que entregou todas as peças na sua mão e você que fizesse o que bem entendesse com elas. Cada escolha, uma renúncia. Não se pode ter tudo, mas pra tudo existe uma explicação, por mais que tarde a vir.
Acredito que ninguém passa pela vida de outra pessoa em vão, à toa (existe crase ainda aqui?). Sem agregar nada. Eu, no caso, aprendi mais uma lição pra carregar no bolso e sou muito grata. Assim como espero ter passado algo que possa ser levado.
Como a vida, eu também não sou certinha e já constatei que não quero ser, obrigada. Sou imperfeita, claro, mas tenho qualidades, valores e já pensei em muita gente antes de pensar em mim. Hoje eu lamento. Sinto muitíssimo. Mas agora, pela minha felicidade, abro mão de ganhar qualquer troféu de virtude.

Para Angela: Eu também perdi o controle ontem... é muita pressão;
Qualquer um, por ser detentor do tal "FG", se julga no direito de botar o dedo no nariz da gente, não importando se sabem das coisas ou não.  Mas esquecem que agindo assim, nos dão o direito de revidar... E temos esse direito! 
Vivemos o tempo do desmando... da desgovernança...
E salve-se quem puder (ou souber)!
Não sei onde estarei cumprindo expediente amanhã, mas seja o que Deus quiser...
Há tempos em que se amarra o burro a vontade do dono,
Mas vivemos tempos de se amarrar o Dono a vontade do Burro.
Amanhã eu conto as novidades da Prefa.

Até amanhã.
Silvia Meister, simplesmente...
                                        

sábado, 6 de novembro de 2010

Manhã estressante e triste, muito triste...

Manhã muito estressante... mas nos problemas de trabalho, falarei mais tarde.
Estou triste! Muito triste!
Recebi agora pela manhã, a notícia do falecimento da Norma e de seu sepultamento no dia 02/11.
A Norma fez parte da vida de todos nós que trabalhamos na Prefeitura a algum tempo; Desde os tempos da prefeitura velha, era ela que trazia o nosso lanche. Acho que durante mais ou menos 15 anos, foi ela que nos alimentou durante o expediente.
Pessoa maravilhosa, simples, amiga; mãos de fada para preparar as delícias que nos vendia na prefa. Depois cansou, resolveu mudar de ramo... também trabalhou como contratada da prefeitura em algumas temporadas. Sua capacidade de trabalho era invejável...
Não sei o que houve, mas sinto não ter recebido notícias...
Não houve tempo para um consolo durante a enfermidade, não houve oportunidade para a despedida... mas sei, que ela vai fazer muita falta.
Aos filhos desta Mãe maravilhosa que partiu assim, abruptamente e prematuramente, em especial ao Marcelo, deixo aqui o meu abraço, o meu carinho, o meu pesar.
                                 
                                     E um dia se vai...     
E um dia.. se vai. Tem que ir. Uns vão cedo, outros mais tarde. 
Alguns tem o direito de não sentirem dor. Alguns precisam dela, 
mesmo sem saber porque. 
Alguns deixam uma saudade na gente... uma coisinha branca e 
vazia no fundo do coração, que nada, nunca, vai preencher. 
Alguns causam revolta, causam espanto.
Despertam a tristeza que há muito carregamos. 
Porque somos humanos, limitados, e não entendemos. 
Não compreendemos o porquê de algumas coisas. 
Não compreendemos a atitude humana. 
Não compreendemos a nós mesmos, nem ao próximo. 
Talvez precisemos disso. Precisamos nos deparar com o fim... 
Das coisas, das pessoas, das histórias... 
Mas ainda assim, humanos, sentimos saudades. 
Choramos; pelo que se foi, pelos que ficam. Pelos irmãos, pais, 
filhos, mães. Pelas famílias, pelos amigos, pelas tarefas deixadas 
pela metade.   E não são metades. As histórias são inteiras mas 
não  acabam quando achamos que devem acabar. 
Acabam quando a vida decide isso. 
E tudo o que precisamos fazer é confiar.  
Confiar que a dor e a perda vão  fazer com que  as coisas se 
encaixem. Um dia, em algum momento, talvez quando a nossa 
própria morte chegar, vamos entender. Precisamos acreditar 
que vamos... Perder não é fácil. É tarefa para poucos. 
É preciso saber perder. Saber deixar ir embora.   
Simplesmente tomar um banho de chuva e deixar que tudo 
vá embora. 
Adeus também foi feito para se dizer...
Mas dói como poucas coisas na vida,
Mesmo com todas as distâncias,
Todas as ausências... 
A Você Norma, a Norma do lanche, me resta ainda dizer, que 
com toda a certeza, Deus te acolheu junto aos bons, aos nobres 
de espírito. Você se ausenta agora do meu campo de visão, 
mas estará no meu coração e nas minhas lembranças, sempre.
E não é um adeus, é uma breve despedida...
 
Mais tarde estarei de volta.
Silvia Meister, simplesmente. 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dia difícil...

Dia difícil hoje; difícil de lidar com a falta de educação, de consideração, de respeito...
Fui à Porto Alegre já na parte da manhã. Adquiri minha passagem para o ônibus das 10:30hs ontem a tarde. Ao embarcar, surprêsa: meu lugar estava ocupado. É claro que pedi que a pessoa o desocupasse, mas foi difícil fazê-lo entender, que as passagens são vendidas com as numerações das poltronas, e, quando adquirimos uma passagem, estamos pagando pelo uso da poltrona cujo número consta na passagem. Foi custoso o sujeito ocupar o lugar adquirido por ele, que por azar, era ao lado do meu. Resultado: fui incomodada a viagem inteira, pois volta e meia a mão do sujeito esbarrava na minha perna... até que reclamei em alto e bom som, que se o indivíduo não tinha educação para utilizar transporte coletivo, deveria andar a pé... foi um alívio chegar em Porto.
Biopsia marcada para as 14:35 hs. Cheguei com mais de uma hora de antecedência. Mais ou menos uma hora depois da hora prevista para o meu exame, como não me chamavam, dirigi-me ao balcão e perguntei o porque de tanta demora; simplesmente a atendente me respondeu que havia cometido um erro e não seria possível realizar meu exame hoje. Quando disse à ela que havia viajado 150 km e  perdido um dia de trabalho, ela simplesmente me comunicou que não estava disponível o material necessário para minha coleta. Depois de muita reclamação e bate boca, quando comuniquei ao médico que solicitou o exame e me indicou o local o que estava acontecendo, a responsável pelo estabelecimento dirigiu-se a uma outra clínica no mesmo prédio e pediu emprestado o material necessário. Finalmente, quase 2 horas depois da hora previamente agendada, consegui realizar o procedimento.
Exame muito doloroso... resultado dia 13/11/10.
Consegui chegar em casa as 19:30 hs, graças a Deus.
Muito calor em Porto. Sol fortíssimo. O que valeu a pena, foi desfrutar da companhia de meu filho, pelo menos um pouco...
Agora mereço descansar. Me preparar para enfrentar o expediente de amanhã.
Acreditem: está cada vez mais difícil de conseguir realizar alguma coisa dentro da prefeitura; condições de trabalho?  nenhuma!!!!!!
E que Deus me dê ânimo e paciência pra aguentar!!!!!
Para amenizar um pouco, nada como ler Clarice Lispector:
                               Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco.
Não demais... mas pelo menos entender que não entendo.

                                                                        Clarice Lispector   
Até amanhã.
Silvia Meister, simplesmente.
  

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Garopaba...

Achei este vídeo e resolvi postar; vale a pena ver o paraíso.


                


Garopa é o meu lugar no mundo...  e me faz lembrar Mário Quintana, que apaixonado por Porto Alegre escreveu " O Mapa":
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar
Suave mistério amoroso
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
Silvia Meister, simplesmente.

Delicadeza, generosidade, amizade... onde anda tudo isso?

Como dói quando alguém que gostamos nos machuca, nos trata mal...
Mas isso está comum hoje em dia... mas por mais que seja lugar comum, dói! Pensando nisso, resolvi postar um texto sobre o assunto.

                                              Deixe aflorar toda sua doçura                        
Às vezes, fico me perguntando porque é tão difícil ser transparente... Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas ser transparente é muito mais do que isso. É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente... 

Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde! Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser...  Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo! Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção...
E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos... 

Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado...
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar... doçura, compaixão... a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos... daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: "Você está me machucando... pode parar, por favor?".
Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro.
Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor, tanta dor...
Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura! Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão fortes e invencíveis...
Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto... 

Que consigamos docemente viver... sentir, amar...
                                                                  * Rosana Braga*

O dia está lindo; sol forte, céu límpido...
Gostaria de estar em Garopaba hoje... curtindo sol e mar e toda aquela generosidade da Mãe Natureza; Saudades de Garopa... saudades do meu paraíso...


Silvia Meister, simplesmente.

O Paraíso...

O Paraíso...
Garopaba - outubro/2010.