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Lua Cheia...

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Garopaba - março/2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

Crua

Tenho refletido sobre o quanto, ao longo da vida, vamos desvalorizando o que é cru dentro e fora da gente, vamos nos perdendo em processos absolutamente desnecessários. 
Iludidos pelos sabores artificiais e pela estética industrialmente elaborada, vamos criando maneiras de não sermos nós, mas sim sermos quem acreditamos que os outros desejam que sejamos (ainda que essa crença seja também apenas uma ilusão).
Engolidos por este desejo adoecido de sermos aceitos num mundo onde bom é quem se encaixa nos moldes inventados, perdemos os nutrientes que nos tornam únicos e, portanto, genuinamente diferentes, desencaixados de qualquer molde.
Acho que fica mais fácil compreender o que acontece conosco se pensarmos no refinamento pelo qual passa o arroz, por exemplo. Para deixar seu aspecto aparentemente mais bonito, ele é processado até que fique completamente 

branco; com isso, chega a  perder até 75% de seu valor nutritivo, que está justamente na película escura que reveste o grão. O fato é que quando se refina o arroz até deixá-lo branco, seu germe é destruído e o grão não tem mais vida; é, portanto, um alimento morto.
De integral, pleno de vida e nutrientes, é transformado em “nada”... mas pelo menos é um nada “bem mais bonito, bem mais apresentável”, na opinião da indústria e, consequentemente, na opinião da maioria dos consumidores de arroz.
Bem, não pretendo falar sobre alimentação, e sim sobre essência, sobre processos internos e, em última instância, sobre os refinamentos aos quais nos submetemos sem nos darmos conta de que estamos nos matando, abrindo mão do que há de mais íntegro e vivo em nós...
E fazemos isso, na grande maioria das vezes, simplesmente para ‘parecermos’ melhores.
Seja ganhando mais dinheiro, seja sustentando um emprego incoerente com nossos valores, seja investindo em conquistas que só alimentam a nossa vaidade, seja mantendo relações superficiais para termos a sensação de controle dos sentimentos. 

Enfim, temos apostado muitas vezes num refinamento que nos torna vazios.
É por isso que me decido agora pelo que é íntegro e cru. Menos defesas e mais espontaneidade. Menos hambúrguer e mais brócolis. Menos maquiagem e mais transparência. 

E, nesta medida, bem mais essência nesta vida ainda que, muitas vezes, nossas cascas fiquem à mostra!
                                             " Texto de Rosana Braga."




Decidi postar este texto porque tem tudo a ver comigo hoje...

Amanhã poderá haver uma definição a respeito da realização ou não dos meus anseios profissionais...
Estou fortemente inclinada a crer que existe uma luz no fim do túnel... só espero que minhas expectativas não sejam altas demais, e que a luz , não seja um trem...
Se as negociações falharem, as coisas vão ficar piores do que estão...

Silvia Meister, simplesmente servidora pública sem voz e sem vez...
                                               

3 comentários:

  1. Amei esse texto! acho que reflete bem o que Você é... crua! Quanto ao resto, espero que Você consiga; mas se não conseguir, não desanima... bjs.

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  2. Notei que não tem recadinho pro teu amor... espero que esteja tudo bem... não desista... em todos estes anos que te conheço, é a 1ª. vez que te vejo amando tanto... "Tempera, mas não exagera"
    bjs.

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  3. Que belo texto! Crua Você sempre foi, e é isto que admiro em Você... não diga mais que Você é tosca... daqui pra frente diga: Sou crua! beijos.

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O Paraíso...

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Garopaba - outubro/2010.