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Lua Cheia...

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Garopaba - março/2010

terça-feira, 7 de junho de 2011

Psicopatas... II

Mais uma explanação sobre o tema.

No código internacional de doenças da OMS, existe o ser humano com certos qualificativos que fica definido como psicopata, que consiste num distúrbio de personalidade  no qual a pessoa apresenta como característica principal contínuos comportamentos anti-sociais, que agridem os direitos dos que com ele convivem. É um eterno inconveniente no dizer comum. Isto tem como causa básica a incapacidade do psicopata em controlar seus impulsos. Há nele uma incômoda impaciência e urgência em ser satisfeito no que quer. 
O perigo reside no fato de que, mesmo com seu jeito anti-social, eles são também bastante inteligentes e charmosos, e sabem manipular direitinho a sua vítima, que se vê enleada e confundida.
Por consequência, a vítima fica como que intrigada, e quer descobrir o porquê daquelas atitudes incomuns, mas o psicopata sabe também ser reticente e evasivo e não se deixa flagrar. Após conquistar o objeto de seu desejo impulsivo, ele o abandona, porque o psicopata, no fundo, é uma pessoa que precisa estar sozinha ou no seu habitat natural para se proteger da sua própria inadequação.
É um ser de uma vida intimamente vazia e solitária. Não se apega verdadeiramente a ninguém. A pessoa apaixonada por ele não consegue entendê-lo. Não raro também, com o intuito de satisfazer o seu impulso, ele, que como vimos, é dotado de pouco afeto, usa de muita teatralidade; o apaixonado tem a sensação de estar sendo enganado; aquilo lhe parece cena, mas, fica confuso; fica com a impressão de ser incompetente para entendê-lo, quando, no fundo, a incompetência é do próprio psicopata que, por se saber vazio e inadequado, se inventa. O psicopata, é um pouco, uma invenção de si mesmo. Tudo isto, esta confusão de ideias e sentimentos na qual o psicopata acaba lançando o apaixonado, parece que o satisfaz: há um prazer sádico em ver sua vítima sofrendo e se amargurando.
Aliás,  a necessidade do psicopata de punir quem os ama é universal, e frequentemente ele nem tem consciência das raivas que descarrega com isto. Apresentam vida sexual muito ativa e nesta área, gostam muito de inovar.
Não é que o psicopata não sofra; ele sofre bastante, mas seus sofrimentos e depressões são cuidadosamente trancados dentro de si para ninguém perceber.
No mundo leigo, quando se fala em psicopatas, as pessoas logo pensam em casos extremados de maníacos como os "serial killers", no entanto estes casos, além da crueldade extremada, correspondem ao grau máximo do distúrbio.
A verdade é que o tipo mais frequentemente encontrado, é este que descrevo: o psicopata que nunca vai matar a sua vítima, mas, atormentá-la sadicamente, torná-la dependente dele e depois abandona-la. Em inúmeros casos, é a causa do suicídio de suas vítimas.  
Frisando-se: O psicopata é impulsivo, inteligente, sedutor com a vítima objeto do seu desejo, mas é uma pessoa fria, calculista, e não se apega a ninguém; pelo contrário, maltrata psicologicamente, amargura e torna dependente quem por ele se apaixona.
Termina seus relacionamentos sem sentir perda nem culpa, preferindo assumir a postura de que o relacionamento e sua vítima nunca existiram.
É uma pessoa intimamente solitária, vazia, mentirosa e teatral. Sabem até que agem errado, mas, são incapazes de agirem certo. Por isso, se tornam anti-éticos e anti-morais. Sentindo-se diferentes dos outros, o psicopata procura agir no ambiente controlando esses sentimentos que o fariam antipático e não-aceito; assim, passa para os outros uma incômoda impressão de falsidade, misturada com charme e eloquência. Torna-se difícil, para quem se relaciona com ele, defini-lo e conhecê-lo, porque eles sabem enganar e dizer exatamente o que sua vítima quer ouvir. Em seus relacionamentos amorosos, poderíamos compará-lo com o clássico Don Juan.
Mas, essa caricatura de si mesmo e o medo de que o outro descubra quem realmente ele é, também o faz sofrer e ele se isola mantendo contatos afetivos e sociais superficiais e vazios.
Por outro lado, ele se acha um pessoa superior que tem o direito  de fazer o que quer que seja para satisfazer suas ansiedades e vontades. usa os outros apenas em função do seu próprio bem-estar, sem considerar a segurança e os anseios alheios.
Este histórico de comportamento anti-social, persistente e crônico, começa geralmente no início da adolescência. Na adolescência começa também o comportamento sexual quase agressivo, precoce; pode começar ainda, o consumo de álcool e drogas. Na idade adulta aparecem as dificuldades de manterem um rendimento profissional aceitável. Eles se queixam de tensão, não toleram aborrecimentos, desistem fácil de seus projetos, acham que os outros lhes são hostis e culpados por suas atitudes.
Há uma certa influência hereditária no problema, apesar de certas causas sociais e afetivas também interferirem. Mas, nem toda pessoa de comportamento anti-social pode ser definido como psicopata. Para isso, é importante avaliar seus antecedentes familiares, sociais, etc...
O psicopata, como já vimos, tem grande dificuldade em estabelecer relações afetivas com quem quer que seja e não controla seus impulsos. Quer logo fazê-los; no entanto, sua realização não o leva à felicidade, mas apenas á um alívio da tensão. São frios, calculistas e superficiais, o que lhes dá uma falsa impressão de calma. Na realidade, são também ansiosos, embora mascarados.
*Onete Ramos Santiago. Psicóloga Catarinense.


*Para Sandra M.: O meu velhinho está quase com 16 anos. Para um gato, já é bastante idade; posso te dizer que ele já é um ancião.
Pra te dar um tiquinho assim de inveja, hoje passei o dia com um pijama rosa bem bonitinho, recostada na minha cama, aconchegada com um cobertor fofinho, assistindo TV e de notebook ligado... eitah programão, não é?
*Fotos do dia:
Céu de hoje... nuvens e pancadas de chuva.
Céu de ontem, o anoitecer... belíssimo.
Vista da sacada lateral.
Silvia Meister, simplesmente de pijama, assistindo o mundo lá fora.                   

6 comentários:

  1. Esclarecedor e estarrecedor esse texto. Assustador também, quanto a hereditariedade do problema. E é uma coisa difícil... as vezes pensamos que estamos nos relacionando com uma pessoa apenas difícil, quando na verdade é um psicopata. Atinge homens e mulheres... Acho que assim se explica mesmo, muitos suicidios... é o nítido caso aquele em que a pessoa comete suicidio, e a outra parte segue levando sua vida, como se o suicida nunca tivesse existido.
    Agora, o que é muito bom que fique bem claro, é o fator hereditário. Chocante.
    Morri de inveja... eu daria tudo por uns dias de pijama nesse frio...
    Lindas as fotos... deverias nos presentear com uma todos os dias.
    bjs.

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  2. Muito interessante o tema abordado. É a prova de que devemos prestar atenção em quem deixamos entrar na nossa vida.
    Muito bom o teu blog. As fotos são maravilhosas.
    Parabéns.

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  3. Ótimo texto, esclarecedor...
    Explica o porque das atitudes de algumas pessoas, e o cuidado que devemos ter quando nos relacionamos com alguém.

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  4. Muito interessante e de utilidade pública o tema abordado.
    As fotos são lindas!

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  5. Tenho lido teu blog; bem seguido. O tema escolhido para este post e o anterior é interessante ao extremo. Quantas pessoas tem um psicopata em sua vida e não sabem...
    As vezes passamos anos e anos dormindo com o inimigo...

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  6. Muito interessante e expressiva essa abordagem.
    Muito oportuna... dá o que pensar...
    beijo.

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O Paraíso...

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Garopaba - outubro/2010.