Sobre a arrogância... III

                                        Arrogância/humildade
 O dicionário define arrogância como: orgulho excessivo, soberba, insolência, atrevimento.
Dessa forma perde-se o contato com a fonte de vida e passa-se a viver sob a escravidão do “eu”.
Uma das propriedades psicológicas doentias da arrogância é a incapacidade para percebe-la. 
Vejamos alguns efeitos dessa doença:
-Perda de auto-domínio
-Apego a convicções pessoais (ser possuidor da verdade)
-Gosto por julgar e rotular a vida alheia
-necessidade de exercício de poder (para se sentir alguém, precisa estar no comando)
-Rejeição a críticas ou questionamentos
-negação dos sentimentos
-responder “na lata” sem pensar
-buscar mais e mais do que necessita para ser feliz
-exigir mais do que consegue no momento.
-supõem que tem a capacidade de dizer o que é certo ou errado para os outros.
-julgam-se aptos a conhecer o que se passa no íntimo do próximo
-comparam-se e desprezam o valor alheio.
O reflexo mais saliente no ato de arrogar é a disputa pela apropriação da verdade. Essa necessidade compulsiva de estar sempre com a razão demonstra a ação egoística. Adotam condutas que causam a agradável ilusão de possuírem autoridade suficiente para julgar com precisão a vida alheia.
Na raiz disso, encontra-se a neurótica necessidade de sentirem-se superiores em relação aos outros, a disputa.
Como não sabem quem são, adotam referências fora de si. E só diminuindo os outros, sentem-se maiores.
Enquanto criticam  os outros, repletos de certezas em seus julgamentos, estão mais separados, mais frágeis, menos produtivos.
Outra face da arrogância é a baixa auto estima, precisam se super-ultra valorizar para compensar o vazio.
Humildade é saber quem se é. Quando a mente deixa de comparações exteriores para comparar-se consigo própria, vivendo a realidade.
Quem se compara, cria tormenta e não descobriu sua singularidade, seu valor pessoal.
Quando temos humildade, aceitamos nossas imperfeições e as alheias também.
Amaremos a nós mesmos somente quando deixarmos de culpar os outros pelas nossas dores e desacertos, e tivermos a coragem de olhar para nosso íntimo.
A pior conseqüência da falta de autonomia é medir o valor pessoal pela avaliação que as pessoas fazem de nós. Por medo de rejeição e julgamentos agimos contra nossos sentimentos apenas para agradar e sentirmo-nos incluídos, aceitos. É importante saber quem somos, caso contrário, seremos quem as pessoas querem.
*Desconheço a autoria.


                               *Frase do dia:
Tenho juízo, mas não faço tudo certo, afinal todo paraíso precisa de um pouco de inferno!                  (Martha Medeiros)



*Foto do dia: entardecer em Garopaba, vista do morro da vigia.
foto captada em 21/04/2011.

Garopaba ao entardecer, vista do morro da Vigia.
21/04/2011.

   Silvia Meister, simplesmente com saudade de Santa...